terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Palavras e atitudes



A verdade de outra pessoa

não está no que ela te revela,

mas naquilo que não pode revelar-te.

Portanto, se quiseres compreendê-la,

não escutes o que ela diz,

mas antes, o que não diz.

Sintonias do Coração


Atitudes são sentimentos em ação. Chego a pensar que as atitudes já dizem muito e quando bem feitas demonstram tudo...não que as palavras sejam indispensáveis!
As vezes tento me fazer entender sem precisar dizer, assim como aquela premissa: “Pra bom entendedor, meia palavra basta.”
É duro ver a expressão de dor que se causa quando dizemos diretamente o que nos aflige.
Mais estranho ainda é ouvir tantas coisas e ver ações que não condizem com as palavras...pior ainda, é ter que explicar algo que aos nossos olhos parece tão claro... Sempre soube entender muito bem quando alguém falava pelas atitudes. De longe consigo identificar um olhar, um gesto, um suspiro entre frases ditas. Tudo isso é a verdade sendo dita de uma forma secundária.....penso muito sobre o motivo de tais coisas acontecerem....
(MJ)


Instabilidade das coisas do mundo
Gregório de Matos

"Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.

Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza,
A firmeza somente na inconstância."


"Mas ela já o amava tanto que não sabia mais como se livrar dele, estava em desespero de amor." Clarice Lispector

"Nós não vemos o que vemos, vemos o que somos. Só vêem as belezas do mundo, aqueles que tem beleza dentro de si". Rubem Alves


Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante."


(Clarice Lispector )

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