Não suspires por ontens...
não queiras ser o de amanhã.
Faze-te sem limites no tempo.
Vê a tua vida em todas as origens.
Em todas as existências.
Em todas as mortes.
E sabes que serás assim para sempre.
Não queiras marcar a tua passagem.
Ela prossegue:
É a passagem que se continua.
É a tua eternidade.
És tu."
"Cântico II", de Cecília Meireles
Nunca caminho sozinha...
me acompanha... a solidão...
"Moça fria, comum, sem atrativos, que se protegia contra um mundo que a desagradava através de uma expressão gélida e um intelecto hipertrofiado."
(Eu, Robô)
Um dias destes encontrei rugas de expressões acima do nariz e entre os olhos, que mostra que passo a maior parte do meu tempo chateada, preocupada e na pior das hipóteses zangada. Elas estão cada vez mais vincadas. É aquilo que eu chamo de «cara fechada». Temo que terei de aliviar a minha frustração numa viagem...em breve.
De repente solidão bate à porta.
Enlouqueço, me estonteando a tua procura.
Emudeço ao saber de tua ausência.
Volto à realidade que me provêm.
Soluço inerte, que me importa?
Um gole de desejo à minha secura.
Um galão de amor a tua paciência.
Quanto sei de teu amor,
Sem ele vivo vilipendiado.
E tanto a ti faço clamor,
Mas me freiam bruscamente.
Quero um dia a mais em ti
E não me perderei em si.
Alento-me, invento; tormento
É viver sem teu socorro.
Quero-te, amo-te, por ti morro.
E mais padeço se for possível,
Mesmo que cada ato seja irreversível!
Não sabia
Mas podia acontecer
Não é tristeza
Mas desilusão
Será?
E o que resta?
Solidão, tristeza?
Sei lá!
Amargura...Incerteza
Que fazer?
Persistir
Ou desistir?
Ah! Se fossem só palavras...
(Graça da Hora)
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