Mente em deslavada - mente
o que mente racional - mente
Se mente o que não sente
lança fora a semente
que em sua mente latente
teima em ser pendente
Mas mente sempre lenta - mente
aquele que mente dolorosa - mente
e que termina por ser um ausente
em sua própria mente dor - mente
...e a mente que mente é mente de gente de - mente...
Não importa que eu
tenha escrito mais
de mil vezes sobre
a saudade...
...ela continua existindo!
Da mesma forma,
quanto às minhas lágrimas,
elas ainda caem
todos os dias.
Não sei quantas vezes
disse a respeito
de noites frias,
e, por que não descrevê-las
se, ainda, continuo com frio?
Perdi a conta,
de quantas vezes descrevi
sobre os momentos de
sobressaltos...
os sofrimentos persistem
com teus maus-tratos.
Sobre a procura
da felicidade,
não existe frase que não
esteja presente, eu sei...
De minha vida, ela já
faz parte.
Sobre o amor que
tenho por ti então...,
consta um milhão de vezes
em minhas narrativas.
E, antes que me esqueça,
hoje ainda não disse que
te esqueci...
© Wilson de Oliveira Carvalho
Extraído do Blog Almas Douradas,
de Zé Carlos Manzano
Página branca onde escrevo. Único espaço
de verdade que me resta. Onde transcrevo
o arroubo, a esperança, e onde tarde
ou cedo deposito meu espanto e medo.
Para tanta mentira só mesmo um poema
explosivo-conotativo
onde o advérbio e o adjetivo não mentem
ao substantivo
e a rima rebenta a frase
numa explosão da verdade.
E a mentira repulsiva
se não explode pra fora
pra dentro explode
implosiva.
Affonso Romano de Sant'Anna
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